quinta-feira, novembro 16

Paro

A inércia pega em mim

Em todos os fios que me movem

E estaco

Vem a preguiça

Antiga e sonolenta

E apodera-se de mim

Como quem pega na maçã mais bela do pomar

E fico

Fico quedo a olhar o mundo

E as mãos caídas

Á espera de mais do que um motivo

Mais que o mero propósito ou valor por trás

Dessa acção quieta

Que se espera

Como eu espero o dia

Em que se me ergue o corpo para o mundo

E me encontro no lugar conhecido

Do acto

Mas fico

Fico e detenho todo o impulso

Contemplo o mundo pardo em volta

No seu ritmo sossegado

E só quero o meu sossego

Não quero mexer uma palha

Na ordem das coisas

Velho e pesado

Acordo nas manhãs frias

Satisfeito

De tudo estar no seu lugar

Fecho os olhos e o mundo ainda é o meu

Barnabé Santiago 15 de Novembro de 2006

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Experimenta passar por aqui

http://www.milnove79.blogspot.com/

Até à proxima.

quinta-feira, novembro 23, 2006 1:00:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Há dias que parecem não passar. Memórias não existidas que insitem em demorar.

Há dias que se sucedem sem saber. Escamas repassadas de um ontem que nunca poderá ser um meu amanhã.
...E há palavras que repetidas deixam de fazer sentido.
...E há ideias que nunca chegam a nascer.
Nesses dias de chuva, ou de sol, em que nada sabe tão bem como um abraço, questiono o destino, aquilo em que não acreditando quase acredito - haverá alguma coisa para além de mim? Onde começa e acaba a dor de sentir o que inventei que um dia nunca iria sentir.

...e não há resposta que me tire este amargo modo de ser sem existir completamente, nestes dias em que invento que sou

quarta-feira, novembro 29, 2006 9:48:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Há dias que parecem não passar. Memórias não existidas que insitem em demorar.

Há dias que se sucedem sem saber. Escamas repassadas de um ontem que nunca poderá ser um meu amanhã.
...E há palavras que repetidas deixam de fazer sentido.
...E há ideias que nunca chegam a nascer.
Nesses dias de chuva, ou de sol, em que nada sabe tão bem como um abraço, questiono o destino, aquilo em que não acreditando quase acredito - haverá alguma coisa para além de mim? Onde começa e acaba a dor de sentir o que inventei que um dia nunca iria sentir.

...e não há resposta que me tire este amargo modo de ser sem existir completamente, nestes dias em que invento que sou

quarta-feira, novembro 29, 2006 9:49:00 da tarde  

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