Paro
A inércia pega em mim
Em todos os fios que me movem
E estaco
Vem a preguiça
Antiga e sonolenta
E apodera-se de mim
Como quem pega na maçã mais bela do pomar
E fico
Fico quedo a olhar o mundo
E as mãos caídas
Á espera de mais do que um motivo
Mais que o mero propósito ou valor por trás
Dessa acção quieta
Que se espera
Como eu espero o dia
Em que se me ergue o corpo para o mundo
E me encontro no lugar conhecido
Do acto
Mas fico
Fico e detenho todo o impulso
Contemplo o mundo pardo em volta
No seu ritmo sossegado
E só quero o meu sossego
Não quero mexer uma palha
Na ordem das coisas
Velho e pesado
Acordo nas manhãs frias
Satisfeito
De tudo estar no seu lugar
Fecho os olhos e o mundo ainda é o meu
Barnabé Santiago 15 de Novembro de 2006
3 Comments:
Experimenta passar por aqui
http://www.milnove79.blogspot.com/
Até à proxima.
Há dias que parecem não passar. Memórias não existidas que insitem em demorar.
Há dias que se sucedem sem saber. Escamas repassadas de um ontem que nunca poderá ser um meu amanhã.
...E há palavras que repetidas deixam de fazer sentido.
...E há ideias que nunca chegam a nascer.
Nesses dias de chuva, ou de sol, em que nada sabe tão bem como um abraço, questiono o destino, aquilo em que não acreditando quase acredito - haverá alguma coisa para além de mim? Onde começa e acaba a dor de sentir o que inventei que um dia nunca iria sentir.
...e não há resposta que me tire este amargo modo de ser sem existir completamente, nestes dias em que invento que sou
Há dias que parecem não passar. Memórias não existidas que insitem em demorar.
Há dias que se sucedem sem saber. Escamas repassadas de um ontem que nunca poderá ser um meu amanhã.
...E há palavras que repetidas deixam de fazer sentido.
...E há ideias que nunca chegam a nascer.
Nesses dias de chuva, ou de sol, em que nada sabe tão bem como um abraço, questiono o destino, aquilo em que não acreditando quase acredito - haverá alguma coisa para além de mim? Onde começa e acaba a dor de sentir o que inventei que um dia nunca iria sentir.
...e não há resposta que me tire este amargo modo de ser sem existir completamente, nestes dias em que invento que sou
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