sexta-feira, julho 29

sempre “Adeus” demasiado cedo
e partir tão prematuro como viver.
trémulos deslizam os dedos
como o medo sobre os homens,
mas as palavras são pequenas,
e só abraços curam a dor
da realidade apática,
a entrar nos corpos
e a escorrer a consciência ácida
do Adeus.

não há música triste o suficiente
para a tua partida,
e a tua ausência
é um pássaro lento
nos céus de um sol que se põe,
uma dor que vibra
nos acordes dos teus silêncios,
que são agora tudo o que serias,
não fosse tudo o que és
tudo o que escreveste
nos nossos corações,
com um sorriso sempre aberto
e um olhar cristalino da tua Liberdade.

há um vazio na luz dos dias
mas não nos nossos corações,
onde os teus momentos permanecem
mantendo-nos de pé
com a memória de ti.
e quando seguir em frente
perde o sentido de outrora,
de quando o mundo não era
um lugar de sombras,
essa memória
e a vontade de honrá-la
têm de ser a força
para avançar
com olhos em lágrimas de
Adeus.
30-05-2005

2 Comments:

Blogger Meriel said...

Mai uma vez tocaste-me com as tuas palavras.
Eu vou de férias, mas assim que regressar (22/08) venho visitar-te e deliciar-me com os teus poemas. E espero ter também uma surpresa: uma prosa, uma história :)
Fica bem :)

sexta-feira, julho 29, 2005 11:11:00 da tarde  
Blogger Meriel said...

p.s. respondi agora ao teu último comentário mais abaixo e deixei-te uma pergunta :)

sexta-feira, julho 29, 2005 11:41:00 da tarde  

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